Há sete meses convivendo com a mulher, o homem teria ainda na segunda-feira agredido a irmã de 12 anos do garoto, que está com o rosto machucado. As agressões começaram quando o homem chegou em casa embriagado e viu que a família estava de mudança: a amásia, que desde o início do relacionamento apanhava, queria dar um basta no que acontecia. Na tentativa de impedir que mãe e filhos fossem embora, as agressões começaram. Depois do golpe desferido nas costas, o padrasto ainda tentou ir até o hospital sozinho, sem sucesso. Quando retornou, chegou a bater e amassar a viatura da Polícia Militar que estava estacionada em frente à residência.
"Em depoimento, a mãe confirmou a briga, que foi quando a criança resolveu interferir. Já existe outra ocorrência na delegacia de agressão", comenta o delegado-chefe da Polícia Civil, em Sarandi, Reginaldo Caetano da Silva.
O homem é reincidente e tem passagem pela Lei Maria da Penha em outro caso. Nesse, a mulher está sob medida de proteção em relação a ele.
Segundo o Conselho Tutelar, em outra ocasião, o garoto havia apanhado de cinta do padrasto. "Estive com a criança. Apliquei medida de proteção. Ele chora o tempo todo. Diz que não queria ter feito isso", diz a conselheira tutelar Ilda Bernardino. "Não consigo pensar onde ele encontrou forças para cravar a faca no padrasto, na intuição de defesa pela mãe. Ele é um menino ingênuo, meigo", diz.
A criança está ainda sob medida protetiva em outra cidade e deve receber atendimento psicológico. "Ele não está bem. Até então, se via como culpado de tudo isso, mas é vítima das escolhas da mãe", ressalta. O padrasto foi encaminhado para o Hospital Universitário de Maringá, onde passou por uma cirurgia e permanece internado na unidade de cuidados semi-intensivos. Segundo a Assessoria de Imprensa do HU, a situação é estável. Ele está consciente. A polícia apura o caso para aplicar as medidas cabíveis.
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